Querido diário,

    Hoje pela manhã fui ao supermercado com a minha mãe. Todo sábado é assim...ela diz sempre que vai comprar frutas e verduras frescas.  Enquanto minha mãe escolhia as frutas, eu ficava olhando o movimento de pessoas. De repente, encontrei a pró Jaci, aquela professora de matemática que eu implico,(ela é muito rigorosa, eu acho), mas minha mãe diz que é apenas o jeito dela.(na verdade minha mãe quer dizer que cada pessoa tem o seu jeito).Vi a pró Jaci com uma criança no carrinho de bebê. Ela estava com uma moça, parecia que era sua irmã. Diário, fui me aproximando para ela me ver e logo ela me chamou para mostrar o bebê. Ela disse que era um menino e se chamava Bruno. A pró carregou o bebê e foi dizendo: Filho, olhe a aluna querida da mamãe.
       Diário, fiquei passada, não acreditei, pois a pró é tão séria na escola, quase não brinca com a gente. Mas, hoje, ela estava sorridente e até me deu um abraço. Logo depois, me despedi da pró e fui procurar minha mãe.
       Diário, contei para minha mãe sobre o filho da pró, mas ela disse que já sabia. Sabia? não fiquei conformada e perguntei como ela pode ter filho se ninguém viu a pró grávida. Minha mãe disse que a pró Jaci adotou o bebê quando ele tinha quinze dias de nascido. Ela disse também que a professora Jaci tem um coração de ouro, assim como a tia Miriam que sempre diz que  Davi e Mateus não nasceram da barriga dela, nasceram do coração. Que legal!
      Diário, de longe eu fiquei olhando a pró esperando o marido chegar de carro.
     Puxa! O professor Augusto tem razão quando diz que não devemos julgar ninguém pela aparência. Diário, acho que a pró Jaci é fechada porque é o seu jeito de ser. Aprendi que se ela reclama com a gente, é porque ela quer o melhor para nós. Hoje ela foi tão legal comigo.

    Até mais!
  Dai.