É uma bela imagem!
Amo bailarinas e borboletas!
Contemplando esse cenário, reflito.
A bela imagem mexe com o meu ser interior.
Equilíbrio, disciplina, força e leveza.
Sutileza, paciência, resistência e beleza.
Mas há dor nessa leveza.  
Um choro contido e delicadeza.
Um desejo contido, sufocado, esperado, esperado.
Liberdade e atenção.
É o que ela espera.
A bailarina encanta e segue os passos no ritmo milimétrico da música.
Pacientemente suporta sua dor, mas sabe exatamente quando parar.
Até que ela para e sai de cena, delicadamente.
Assim como as borboletas que passam pelo processo de transformação.
Ela espera, espera, mas um dia sai do casulo e voa.

Verônica Almeida  - 23 de abril de 2020